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Renúncia do Papa Bento XVI

Papa Bento XVI
Bento XVI renuncia ao Pontificado.

Bento XVI anuncia renúncia 

Notícia surpreendeu até mesmo o porta-voz do Vaticano





Segundo a imprensa oficial do Vaticano, na manhã do dia 11/02 Bento XVI anunciou sua renúncia ao pontificado. O pontífice informou que permanecerá no ministério até o dia 28/02. Sobre os motivos da renúncia, o papa destacou sua idade avançada e a consequente falta de vigor para o exercício da função. Nas palavras do próprio pontífice:
(...) Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. (...) Para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.(...)  (clique aqui para ler o comunicado na íntegra)
Apesar da surpresa do anúncio, o fato não é inédito. Segundo o site da revista Veja, o teólogo Richard McBrien afirma que, na história do pontificado inúmeras renúncias foram protocoladas e, além de muitos papas que provavelmente foram forçados a renunciar por motivos diversos, apenas seis abdicaram de fato. São eles:
  • Papa Ponciano, em 235, por estar em exílio na ilha de Sardenha;
  • Papa Silvério, em 537, também por um exílio, mas na ilha de Palmaria;
  • Papa João XVIII, em 1009, para viver seus últimos dias como monge;
  • Papa Bento IX, em 1045, para beneficiar seu padrinho, que se tornaria mais tarde o Papa Gregório VI;
  • Papa Celestino V, em 1234, por não se adequar às funções do pontifício (ainda segundo o teólogo McBrien, Celestino é erroneamente considerado o primeiro a renunciar);
  • Papa Gregório XII, em 1415, em decorrência das negociações que levaram ao fim do Grande Cisma do Ocidente.


É interessante lembrar que o Papa, além de representante máximo da igreja católica, é também Chefe de Estado do Vaticano e portanto sua renúncia tem ainda cunho político além do religioso.
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