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Movimento Passe Livre

Movimento Passe Livre
Protestos se espalham por todo o país.

Protestos pelo país quebram a inércia dos movimentos estudantis

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Não fique feliz somente por viver em uma época na qual as manifestações populares voltam a aparecer pelo país. Informe-se, discuta com seus amigos, com seus pais, com seus professores. Saiba o que acontece na sua época e fuja da apatia. Seja crítico! Se você vive em uma cidade que passa por manifestações (ou não), procure informações, veja se concorda com os movimentos, mas não de forma superficial, reproduzindo o que escuta aqui e ali, vá fundo e descubra quais são os ideais envolvidos em toda a discussão, seja imparcial até descobrir em quê você acredita e, só então, tome partido.
Nos últimos dias pudemos testemunhar uma chama se reacendendo, trazendo à tona insatisfações que começaram pela não aceitação no reajuste da tarifa do transporte público na cidade de São Paulo. O movimento cresceu (com grande impulso das redes sociais), atingindo, além da capital paulista, segundo o jornal Folha de S. Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Vitória, Maceió, Belém, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Indaiatuba (SP) e Juiz de Fora (MG). Em meio às manifestações, protestos contra a tarifa do transporte público, as obras da Copa, a corrupção, a violência... motivos não faltam.

Se você ainda está alheio a tudo isso(!), esses links podem dar uma força. Lembre-se de sempre analisar de forma crítica todas as informações que chegarem até você, processe-as antes de reproduzi-las.


Eliane Cantanhêde:
A década de 2000 passou em branco. Inebriados pelo mito Lula e a miragem da esquerda pura e ética, os movimentos acomodaram-se e a estudantada recolheu-se à sala de aula. Utopias e sonhos coletivos cederam às ambições pessoais. O "cada um por si" venceu o "um por todos, todos por um".
As manifestações de agora começaram por 20 centavos a mais na passagem de ônibus em São Paulo e alastraram-se para Rio, Curitiba, Goiânia, Teresina e outras capitais. Coincidiram com os tambores de guerra dos índios e podem ser o fim da longa hibernação, um sinal para os Poderes da República.

Carlos Heitor Cony:
Governo JK (1956-1961). (...)
Em meio de seu mandato, estoura um movimento no Rio: estudantes ligados à UNE, a pretexto de um aumento nas passagens dos bondes, imobilizam a cidade, deitando nos trilhos da Light e exigindo um recuo do governo que autorizara as novas tarifas.

Suzana Singer (Ombudsman da Folha de S. Paulo):
A primeira onda de críticas acusava a imprensa de tratar a todos como "vândalos" e de destacar apenas os estragos provocados pelo que seria um pequeno grupo entre os milhares de manifestantes.
(...)
Tudo mudou na edição de sexta-feira. A Folha era toda crítica à ação policial, avaliada como "violenta". Havia flagrantes de abusos, depoimentos de feridos, o relato de que os distúrbios foram provocados pela Tropa de Choque e até uma foto de manifestantes "do bem" ajudando um senhor a fugir da confusão.

Rafael Siqueira e Matheus Preis, do Movimento Passe Livre (MPL):
Jovens estudantes, jovens trabalhadores, jovens da periferia, jovens secundaristas. Forma-se na cidade uma nova geração que não aceita as péssimas condições do transporte coletivo e, mais ainda, compreende a necessidade de sair às ruas para lutar pelo direito à cidade e à mobilidade urbana.

No programa Roda Viva da TV Cultura, no dia 17/06 às 22 horas, entrevista com militantes do Movimento Passe Livre. Clique aqui para assistir as entrevistas.




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